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domingo, 30 de junho de 2013

Referências


http://www.infoescola.com/sistema-imunologico/inflamacao-aguda/
http://www.youtube.com/watch?v=z7Cf7x2vKXU    
http://www.youtube.com/watch?v=e5YfDam8vmI  
http://www.youtube.com/watch?v=mJgDxXfgglE 
http://www.caalunicamp.com.br/site/wp-content/uploads/2011/INFLAMA%C3%87%C3%83O-Inflama%C3%A7%C3%A3o-aguda-Zago.pdf   

Wcpedia.com.

Diagnósticos e Tratamento de Lúpus Eritematoso Sistêmico


Diagnósticos:

Clínico - Devido à diversidade de sintomas de múltiplos órgãos envolvidos o diagnóstico é feito por onze critérios.
Testes laboratoriais - Imunológica desordem, doença de anticorpos específicos.

Sorologia de Anticorpos antinucleares (ANA teste de anticorpos).

Critérios diagnósticos: 

O diagnóstico de LES é estabelecido quando 4 ou mais critérios dos abaixo relacionados estiverem presentes:
·         Eritema malar (vermelhidão característica no nariz e face), geralmente em forma de "asa de borboleta"
·         Lesões discóides cutâneas (rash discóide)
·         Fotossensibilidade
·         Úlceras orais e/ou nasofaríngeas, observadas pelo médico
·         Artrite não-erosiva de duas ou mais articulações periféricas, com dor, edema ou efusão
·         Alterações hematológicas (anemia hemolítica ou leucopenia, linfocitopenia ou plaquetopenia) na ausência de uma droga que possa produzir achados semelhantes
·         Anormalidades imunológicas (anticorpo antiDNA de dupla hélice, antiSm, antifosfolipídio e/ou teste sorológico falso-positivo para sífilis)
·         Fator antinuclear (FAN) positivo
·         Serosite (pleurite ou pericardite)
·         Alterações neurológicas: convulsões ou psicose sem outra causa aparente
·         Anormalidades em exames de função renal: proteinúria (eliminação de proteínas através da urina) maior do que 0,5 g por dia ou presença de cilindros celulares no exame microscópico de urina

Tratamento:

O uso de protetor solar para UVA e UVB é necessário para impedir o agravemento das lesões na pele
Prevenir infecções. Os sintomas gerais na maioria das vezes respondem ao tratamento das outras manifestações clínicas. A febre isolada pode ser tratada com aspirina ou antiinflamatórios não-hormonais. Corticóides e imunossupressores (especialmente aciclofosfamida) são indicados nos casos mais graves.
É recomendado o uso de antimaláricos como cloroquina no caso de lesões cutêneas disseminadas. Caso não melhore pode-se associar prednisona em dose baixa a moderada por curto período de tempo.

Como não existe um diagnóstico muito preciso para as doenças chamadas auto-imunes, deve-se ter cuidado ao administrarmedicamentos, uma vez que seus efeitos colaterais podem ser muito agressivos ao organismo.

Lúpus Eritematoso Sistêmico parte II


Sinais e Sintomas:

Possui grande variedade de sintomas que se assemelham ao de várias outras doenças e, em geral, são intermitentes dificultando assim o diagnóstico precoce. Os primeiros sintomas mais comuns são:
·         Febre
·         Mal-estar
·         Inflamação nas articulações
·         Inflamação no pulmão (pleurisia)
·         Inflamação dos gânglios linfáticos
·         Dores pelo corpo (por causa das inflamações)
·         Manchas avermelhadas

·         Úlceras na boca (aftas)

A detecção precoce pode prevenir lesões graves como:
Serosite - inflamação do revestimento do pulmão – pleura
Coração – Inflamação do pericárdio
No sistema nervoso - Raízes nervosas periféricas do sistema nervoso central (SNC) em conjunto estão comprometidos em mais da metade dos pacientes com LES.
Alterações renais –, trombocitopenia, anemia hemolítica, presença de proteínas  (leucopenia)baixa quantidade de células brancas. 

Doenças Inflamatórias IV: Lúpus Eritematoso Sistêmico


O que é Lúpus?

É  uma doença autoimune do tecido conjuntivo,de causa desconhecida que pode afetar qualquer parte do corpo. Assim como ocorre em outras doenças autoimunes, o sistema imune ataca as próprias células e tecidos do corpo, resultando em inflamação e dano tecidual.




Classificação:

  • Lúpus discóide 

É sempre limitado à pele. É identificado por inflamações cutâneas que aparecem na face, nuca e couro cabeludo. Aproximadamente 10% das pessoas lúpus discóide pode evoluir para o lúpus sistêmico, o qual pode afetar quase todos os órgãos ou sistemas do corpo.

  • Lúpus sistêmico 

Costuma ser mais grave que o lúpus discóide e pode afetar quase todos os órgãos e sistemas. Em algumas pessoas predominam lesões apenas na pele e nas articulações, em outras pode haver acometimento dos rins, coração, pulmões ou sangue.

  • Lúpus induzido por drogas 

O lúpus eritematoso induzido por drogas ocorre como conseqüência do uso de certas drogas ou medicamentos. A lista atual de possíveis responsáveis inclui quase uma centena de drogas sendo os mais conhecidos a procainamida e a hidralazina. Os sintomas são muito parecidos com o lúpus sistêmico. Os próprios medicamentos para lúpus também podem levar a um estado de lúpus induzido. Com a suspensão do medicamento responsável os sintomas normalmente desaparecem.

Causa ou Etiologia:

LES- lúpus eritematoso sistêmico tem causa desconhecida, mas existe algumas hipóteses
Predisposição genéticos
Certos vírus
Luz ultravioleta  - exposição à luz solar
Certas drogas
Hormônio estrógeno
Stress

Substâncias Químicas      

Tratamento da Artrite Reumatóide


Ainda não existe um tratamento que possa curar, definitivamente a artrite reumatóide.
Existem tratamentos que melhoram a capacidade de executar as atividades diárias e o bem-estar dos doentes, por meio da redução da inflamação, alívio da dor e redução dos danos articulares.
Existem dois tipos de tratamentos possíveis para a artrite reumatóide: 
  •        Tratamento medicamentoso -Inclui analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINE), cortiscoroides e drogas imunossupressoras, como o metrotrexato e a ciclosporina. 
  •        Tratamento não medicamentoso - Repouso só deve ser indicado em quadros muito dolorosos e por pouco tempo.Terapia ocupacional onde esse tratamento tem como objetivo a manutenção e/ou o aumento da mobilidade articular, aumento da força muscular e das habilidades funcionais para o desempenho de atividades da cotidianas, destacando a integração dos elementos: motor, cognitivo, psíquico, sensitivo e perceptivo. Proporcionando ações intencionais, reais e aprendidas, que favorecem a consciência e domínio corporal. A fisioterapia que também usa técnicas que aliviam a dor e proporcionam bem estar ao paciente. Ambas são importantes para controlar o comprometimento das articulações e a perda da mobilidade.



Artrite Reumatóide parte II


Epidemiologia:

Afeta duas vezes mais as mulheres do que os homens entre 50 e 70 anos, mas pode manifestar-se em ambos os sexos e em qualquer idade. A forma juvenil tem início antes dos 16 anos, acomete número menor de articulações e provoca menos alterações no exame de sangue.

Sintomas iniciais:

  • Mal-estar
  • Febre baixa
  • Suores
  • Perda de apetite
  • Perda de peso
  • Fraqueza
  • Humor deprimido ou irritado
  • Dores nas articulações, na maioria das vezes de forma simétrica, ou seja, nos dois lados do corpo.
Critérios de diagnósticos:
  1.       Rigidez matinal (dificuldade de movimentação ao acordar)com duração superior a uma hora por dia.
  2.        Artrite de três ou mais áreas, com sinais inflamatórios
  3.   . Artrite das articulações das mãos ou punhos (Pelo menos 1 área com edema em punho, metacarpofalangeana ou interfalangeana distal)
  4.   .Artrite simétrica - Envolvimento simultâneo bilateral (para as metacarpofalangeanas e interfalangeanas proximais, não precisa haver simetria perfeita)
  5.       .Nódulos reumatóides
  6.       .Fator reumatóide sérico positivo
  7.       .Alterações radiográficas, tais como: erosões ou descalcificações articulares.
Principais complicações:

Deformidades progressivas
Perda de função da região acometida
Desgaste das articulações (artrose)
Ruptura de tendões
Instabilidade da coluna cervical


Doenças Inflamatórias III: Artrite Reumatóide


Artrite reumatóide, também conhecida como artrite degenerativa, artrite anquilosante, poliartrite crônica evolutiva (PACE) ou artrite infecciosa crônica.


 


  • É uma doença auto-imune sistêmica, caracterizada pela inflamação das articulações,principalmente em pés,mãos,pés,joelhos,cotovelos,ombros,tornozelo e que pode levar a incapacitação funcional dos pacientes acometidos. 
                                                                                                                                 

  • A Artrite Reumatóide caracteriza-se pela inflamação da sinóvia associada a destruição da cartilagem articular óssea. 
  • As células T CD4,os linfócitos B,plasmócitos e macrófagos bem como outros tipos de células inflamatórias,são encontrados na sinóvia inflamada.Numerosas citocinas,incluindo IL1,IL8,TNF,IFN-y.tem sido detectadas no liquido sinovial.Acredita-se que as citocinas,principalmente a TNF ativem as celulas sinoviais redizentes a produzir enzimas proteoliticas como a colagenase que medeiam a destruição da cartilagem.

Diagnóstico e Tratamento da Asma

O diagnóstico é feito baseado nos sinais e sintomas que surgem de maneira repetida e que são referidos pelo paciente.
No exame físico, o médico poderá constatar a sibilância nos pulmões, principalmente nas exacerbações da doença. Existem exames complementares que podem auxiliar o médico, dentre eles estão: a radiografia do tórax, exames de sangue e de pele (para constatar se o paciente é alérgico) e a espirometria que identifica e quantifica a obstrução ao fluxo de ar. Teste de bronco provocação com substâncias pró-inflamatórias; ex: histamina, metacolina. O asmático também poderá ter em casa um aparelho que mede o pico de fluxo de ar, importante para monitorar o curso da doença. Nas exacerbações da asma, o pico de fluxo se reduz.
O exame "gold standard" para o diagnóstico da asma é a análise dos valores de Óxido Nítrico exalados. O NO é um marcador direto da inflamação e através da sua concentração em ppb (partes por bilião) podemos inferir diretamente a gravidade do episódio.
A análise do FENO (Fracção do oxido nítrico exalado) permite para além do diagnóstico da asma, avaliar a resposta ao tratamento e o seu cumprimento. Avaliar a resistência a esteróides. Optimizar a dose terapêutica. Efectuar uma retirada segura da terapêutica inalável. Aumentar a eficiência económica no tratamento e diagnóstico da asma. É um exame fácil, fiável, seguro, sensível e reprodutível.


O Tratamento
Para se tratar a asma, a pessoa deve ter certos cuidados com o ambiente, principalmente na sua casa e no trabalho, além de usar medicações e manter consultas médicas regulares. Técnicas fisioterapêuticas se mostram bastante eficientes. Os medicamentos podem ser divididos em duas classes: de alívio e de manutenção.
O broncodilatador é utilizado principalmente como medicação de alívio para cortar uma crise de asma. Ele  é um medicamento, como o próprio nome diz, que dilata os brônquios (vias aéreas) quando o asmático está com falta de ar, chiado no peito ou crise de tosse. Existem broncodilatadores chamados beta2-agonistas - uns apresentam efeito curto e outros efeito prolongado (que dura até 12h). Os de efeito curto costumam ser utilizados conforme a necessidade. Se a pessoa está bem, sem sintomas, não precisará utilizá-los. Já aqueles de efeito prolongado costumam ser utilizados continuamente, a cada 12 horas, e são indicados para casos específicos de asma. Além dos beta2-agonistas, outros broncodilatadores, como teofilinas e anticolinérgicos, podem ser usados. A cannabis é um potente broncodilatador e em 60% dos casos é eficiente, sem efeitos parassimpáticos e efeitos mentais mínimos. O THC evita enfisema e inibe a tosse.
Os corticóides inalatórios são, atualmente, a melhor conduta para combater a inflamação, sendo utilizados em quase todos os asmáticos. Só não são usados pelos pacientes com asma leve intermitente (que têm sintomas esporádicos). Tais medicamentos são utilizados com o
intuito de prevenir as exacerbações da doença ou, pelo menos, minimizá-las e aumentar o tempo livre da doença entre uma crise e outra. Os anti-inflamatórios devem ser utilizados de maneira contínua (todos os dias), já que combatem a inflamação crônica da mucosa brônquica, que é o substrato para os acontecimentos subsequentes.
Tanto os broncodilatadores quanto os anti-inflamatórios podem ser usados de várias formas:
* por nebulização,
* nebulímetro ("spray" ou "bombinha"),
* inaladores de pó seco (através de turbuhaler, rotahaler, diskhaler ou cápsulas para inalação) –>são diferentes (e práticos) dispositivos para inalação;
* comprimido;
* xarope.

Tratamento Fisioterápico
O tratamento fisioterápico em pacientes com Asma é divido em dois: Crianças e Adultos.
Os procedimentos executados contribuem para melhorar a ventilação, auxiliar no relaxamento da musculatura respiratória, higienizar a via aérea hipersecretiva, além de prevenir a busca por serviços de emergência e hospitalizações, melhorar a condição física e aprimorar a qualidade de vida dos indivíduos acometidos.
Nas crianças, o tratamento são trabalhos de exercícios respiratórios reexpansivos passivos, através de manobras de desobstrução brônquica, drenagem postural e inalações, com estímulo de tosse se necessário. Crianças com boa capacidade colaborativa e coordenação desenvolvida podem se beneficiar de técnicas de treino de padrão ventilatório.
Em adultos, o tratamento enfatiza os alongamentos globais, exercícios aeróbicos, exercícios respiratórios reexpansivos, acompanhamento da evolução do fluxo respiratório e acompanhamento dos exercícios com uso de oxímetro, se necessário. Em alguns casos é necessário um trabalho de higiene brônquica, associada à aspiração de secreção brônquica (catarro), comum em pacientes infectados. Quando a hiperinsuflação pulmonar está presente, são utilizadas técnicas de desinsuflação pulmonar visando aumentar o volume de ar
corrente.
Exercícios posturais para relaxamento, mobilidade, alongamento e fortalecimento também são fundamentais para corrigir deformidades torácicas e posturais, comuns nos casos de doença avançada e com crises frequentes.

Prevenção das Crises
Como prevenção de crises de asma, o asmático poderá usar os corticosteróides, os beta2-agonistas de longa duração e os antileucotrienos, além de ter um bom controle ambiental, evitando exposição aos catalisadores da crise asmática.
Não há como prevenir a existência da doença, mas sim as suas exacerbações e seus sintomas diários.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Classificações da Asma

Classificações da Asma são de acordo com os padrões de crises e e testes:
Asma intermitente; Asma persistente leve; Asma persistente moderada; Asma persistente grave.

   Asma Intermitente:
* sintomas menos de uma vez por semana;
* crises de curta duração (leves);
* sintomas noturnos esporádicos (não mais do que duas vezes ao mês);
* provas de função pulmonar normal no período entre as crises.
 
   Asma Persistente Leve:
* presença de sintomas pelo menos uma vez por semana, porém, menos de uma vez ao dia;
* presença de sintomas noturnos mais de duas vezes ao mês,porém, menos de uma vez por semana;
* provas de função pulmonar normal no período entre as crises.
 
   Asma Persistente Moderada:
* sintomas diários;
* as crises podem afetar as atividades diárias e o sono;
* presença de sintomas noturnos pelo menos uma vez por semana;
* provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF¹) >60% e < 80% do esperado.

   Asma Persistente Grave:
* sintomas diários;
* crises frequentes;
* sintomas noturnos frequentes;
* provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF¹) > 60% do esperado

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Doenças Inflamatórias II: Asma

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias nasais que ataca o sistema respiratório, que resulta na redução ou até mesmo obstrução no fluxo de ar. Está relacionada a interação entre fatores genéticos e ambientais. A asma pode se manifestar como crises de falta de ar devido ao edema da mucosa brônquica, a hiperprodução de muco nas vias aéreas e a contração da musculatura lisa das vias aéreas, com consequente diminuição do seu diâmetro (broncoespasmo)

As crises são caracterizadas por vários sintomas como: dispeneia, tosse e sibilos principalmente à noite. O estreitamento das vias aéreas é geralmente reversível porém, em pacientes com asma crônica, a inflamação pode determinar obstrução irreversível ao fluxo aéreo. As características patológicas incluem a presença de células inflamatórias nas vias aéreas, exsudação de plasma, edema, hipertrofia muscular, rolhas de muco e descamação do epitélio. O diagnóstico é principalmente clínico e o tratamento consta de medidas educativas, medicamentos que melhorem o fluxo aéreo na crise asmática e anti-inflamatórios, principalmente a base de corticóides.

Caracteristicamente à doença, os sintomas aparecem de forma cíclica com períodos de piora. Dentre os principais sinais e sintomas estão: a tosse, que pode ou não estar acompanhada de alguma expectoração (catarro), dificuldade respiratória, com dor ou ardência no peito, além de um chiado(sibilância). Na maioria das vezes não há expectoração ou se tem é tipo "clara de ovo". Os sintomas podem aparecer a qualquer momento do dia, mas tendem a predominar pela manhã ou à noite. A asma é a principal causa de tosse crônica em crianças e está entre as principais causas de tosse crônica em adultos.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Doenças Inflamatórias I: Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica

Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) é o termo que se utiliza atualmente para descrever uma reação inflamatória sistêmica, ou seja, que afeta o organismo como um todo, e se desenvolve frente a diferentes tipos de agentes agressores.

A SRIS se caracteriza pela presença de ao menos dois dos seguintes critérios clínicos:

  • Temperatura Corporal pode variar entre febre (>38°) e hipotermia (<36°);
  • Frequência respiratória baixa (<20 incursões respiratória/minuto - Taquipinéia);
  • Frequência cardíaca elevada (>90 batimentos cardíacos/minuto);
  • Aumento ou redução significativos do número de células brancas no sangue periférico.
A SRIS pode ocorrer devido a uma infecção, trauma, queimadura, após grandes cirurgias ou pancreatite. Os processos infecciosos, traumáticos ou outros agentes agressores promove, sob determinadas circunstâncias, uma ativação maciça dos sistemas de defesa do organismo, principalmente aqueles relacionados ao sistema imune inato, levando à produção de grandes quantidades de mediadores inflamatórios, especialmente citocinas como o fator de necrose tumoral e as interleucinas. As manifestações clínicas descritas são decorrentes da ação destes mediadores em diferentes órgãos.

A SRIS quando ocorre em pacientes cujos sistemas de defesa do organismo encontram-se comprometidos torna-se grave. À associação de SRIS com os sinais de insuficiência orgânica que afere ao menos um dos órgãos vitais, dá-se o nome de sepse severa.

A insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas é a mais temida e ameaçadora complicação da SRIS, já que mais de um dos órgãos vitais são acometidos e se torna disfuncional. Os índices de mortalidade em geral superam 50% dos casos de pacientes acometidos. 

Não existem terapias específicas para o tratamento da SRIS. Em pacientes com diagnóstico de sepse, spese severa ou choque séptico necessitam de tratamento de suporte intensivo e de preferência em UTI. Nos casos que existe suspeita de processo infeccioso, a administração de antibióticos deve ser iniciada.

sábado, 22 de junho de 2013

Efeitos sistêmicos da inflamação:


  •  Febre - é produzida como resposta a substâncias (pirógenos) que provocam a liberação de mediadores que agem no hipotálamo, desencadeando a liberação de neurotransmissores que reprogramam o nosso termostato corporal para uma temperatura mais alta. É um mecanismo de defesa.
  •  Proteínas da fase aguda - proteína C reativa, fibrinogênio, proteína amiloide A sérica são produzidas pelo fígado e aumentam nas infecções, podendo ser dosadas ou indiretamente estimadas para diagnóstico. Em infecções crônicas, a produção continuada de proteína amiloide. A sérica pode levar à amiloide secundária.
  •  Leucocitose- ocorre por causa do aumento da liberação de leucócitos pela medula óssea (estimulada por citocinas), inclusive leucócitos ainda imaturos (desvio para a esquerda).
  •  Sepses - em infecções bacterianas graves, a grande quantidade de bactérias ou de lipopolissacarideos bacterianos (LPS ou endotoxinas) presentes na circulação provocam a produção de grande quantidade de citocinas que por sua vez desencadeiam coagulação intravascular disseminada, consumo de fatores da coagulação e hemorragias. Citocinas podem causar lesões hepáticas e prejudicam a sua função e consequentemente hipoglicemia por baixa da gliconeogenese.  Aumento da produção de óxido nítrico leva a falência cardíaca aguda e choque. Esta tríade (coagulação intravascular disseminada, hipoglicemia e insuficiência cardíaca aguda é conhecida como choque séptico. A inflamação e as tromboses percebidas em diversos órgãos  podem ocasionar falência d múltiplos órgãos tais como os pulmões (síndrome da angustia respiratória do adulto - SARA), os rins (insuficiência renal aguda - IRA) e os intestinos.
  •  Outras manifestações - taquicardia, tremores, calafrios, anorexia, sonolência, palidez.


Vasos Linfáticos e Linfonodos na Inflamação


Os vasos linfáticos e os linfonodos drenam e filtram o material existente no interstício e são de importância fundamental no processo inflamatório.

Os vasos linfáticos, por não apresentarem membrana basal, são capazes de reabsorver facilmente o líquido de edema e as proteínas do interstício. Válvulas no seu interior impedem o refluxo da linfa.

Chegando aos linfonodos, a linfa é exposta aos macrófagos fixos aí contidos (histiócitos sinusoidais) que fagocitam agentes agressores e outras partículas.

Durante este processo pode ocorrer inflamação na parede do vaso linfático (linfangite), e muitas vezes este pode ser  visto como uma linha vermelha no seu trajeto sob a pele em direção ao linfonodo de drenagem.


Quando o processo inflamatório alcança os linfonodos (linfadenite) estes aumentam de tamanho por causa da hipertrofia e hiperplasia dos folículos linfóides e das células sinusoidais e tornam-se dolorosos. 

Inflamação Granulomatosa


A inflamação granulomatosa é um padrão distinto de reação inflamatória crônica caracterizada pelo acúmulo focal de macrófagos ativados,que geralmente desenvolvem uma aparência epitelioide (semelhante ao epitélio).

Existem dois tipos de granulomas,que diferem quanto a sua patogenia.

  • Granulomas de corpos estranhos: são provocados por corpos estranhos (fios de sutura por exemplo) relativamente inertes e que não provocam resposta imune. O exame histológico destes granulomas permite ver o corpo estranho no seu interior.
  • Granulomas imunes: são causados por agentes, insolúveis ou de digestão difícil, capazes de provocar uma resposta imune celular.

Neste tipo de resposta, os macrófagos ingerem o material estranho e apresentam-no aos linfócitos T, que são então ativados, produzindo citocinas, ativando outras células T e outros macrófagos.

O estudo histológico dos granulomas é importante pois algumas doenças tais como a tuberculose, esquistossomose e a blastomicose podem ser diagnosticadas quando os seus agentes etiológicos são encontrados no granuloma.


Outras células importantes na inflamação crônica são:


1-      Linfócitos – são imobilizados tanto nas reações imunológicas humorais quanto celulares,e até mesmo nas reações não-imunológicas.Os linfócitos estimulados por antígenos (efetores e de memória) de diversos tipos (T,B) usam vários pares de moléculas de adesão (predominantemente as integrinas e as adesinas) e quimiocinas para migrar para os locais de inflamação.

2-       Eosinófilos – são particularmente abundantes nas reações imunes mediadas por IgE e nas parasitoses.

3-      Mastócitos – são células abundantes no tecido conjuntivo e que podem liberar histamina, particularmente nas reações anafiláticas a drogas, venenos de insetos e reações a alimentos.


4-       Leucócitos polimorfonucleares – embora sejam mais característicos das inflamações agudas, podem ser encontrados também nas inflamações crônicas.

Mecanismos dos macrófagos na Inflamação Crônica:


Na inflamação crônica o acúmulo de macrófago persiste,sendo mediado por diversos mecanismos:

   1- Quimiotaxia.
   2- Proliferação de macrófagos no foco inflamatório.
   3- Liberação no foco inflamatório de um fator de inibição da migração de macrófagos, que os impede de abandonar o foco inflamatório.




Infiltração de Células Mononucleares


O macrófago é a célula dominante na inflamação crônica.

  • Os macrófagos são ativados por citocinas das células T imunologicamente ativadas (especialmente o IFN-y) ou por estímulos não-imunológicos,como a endotoxina.Os produtos elaborados pelo macrófagos ativados que causam lesão tecidual e fibose estão assinalados.A.A,ácido aracdônico;PDGF,fator de crescimento derivado das plaquetas;FGF,fator de crescimento dos fibrosblastos;TGFbeta,fator transformante de crescimento beta.





Características Morfológicas


    1-Infiltrado inflamatório por células mononucleares (macrófagos, linfócitos e plasmócitos)
    2- Destruição tecidual que é produzida pela persistência do agente agressor ou pelas células inflamatórias
    3- Tentativa de reparo que produz tecido conjuntivo.

A inflamação crônica ocorre nas seguintes situações:

 
   1- Infecção persistente por certas bactérias: como por exemplo o bacilo da Tuberculose.
   2- Exposição prolongada a determinadas substâncias irritantes: tais como a sílica.
   3- Reações autoimunes: como por exemplo no Lúpus Eritematoso Sistêmico.

Inflamação Crônica


"Reação tecidual caracterizada pelo aumento dos graus de celularidade e de outros elementos teciduais, diante da permanência do agente agressor".


Em termos clínicos, na maioria das vezes, a inflamação crônica é entendida segundo seu critério cronológico, ou seja, é o tipo de inflamação que perdura por longo tempo, não sendo visíveis os sinais cardinais de dor, tumor, calor, rubor e perda de função. Existe ainda o critério biológico, em que se classifica uma inflamação crônica segundo seus elementos teciduais, quais sejam fibroblastos, linfócitos, macrófagos (células ditas do sistema mononuclear macrofágico) e pouca quantidade ou ausência de fenômenos exsudativos plasmáticos. Contudo, muitas vezes, o clínico pode classificar uma inflamação como sendo do tipo crônica, mas, ao olharmos no microscópio, poderemos visualizar elementos teciduais que não correspondam a uma inflamação crônica. Portanto, a visão microscópica (ou biológica) não necessariamente concorda com a visão clínica; o diagnóstico, nesses casos, deve ser feito considerando-se ambos os critérios.  

Os componentes da inflamação crônica são: 
  • células do sistema mononuclear macrofágico (linfócitos, plasmócitos e macrófagos)
  • destruição tecidual, decorrente da permanência do agente agressor (fase degenerativo-necrótica)
  • tentativas de reparação (fase produtivo-reparativa), traduzida pela formação de vasos sangüíneos (angiogênese) 
  • pela substituição do parênquima (a parte funcional do órgão) por fibras (fibrose)