"Reação
tecidual caracterizada pelo aumento dos graus de celularidade e de outros
elementos teciduais, diante da permanência do agente agressor".
Em termos
clínicos, na maioria das vezes, a inflamação crônica é entendida segundo seu
critério cronológico, ou seja, é o tipo de inflamação que perdura por longo
tempo, não sendo visíveis os sinais cardinais de dor, tumor, calor, rubor e
perda de função. Existe ainda o critério biológico, em que se classifica uma
inflamação crônica segundo seus elementos teciduais, quais sejam fibroblastos,
linfócitos, macrófagos (células ditas do sistema mononuclear macrofágico) e
pouca quantidade ou ausência de fenômenos exsudativos plasmáticos. Contudo,
muitas vezes, o clínico pode classificar uma inflamação como sendo do tipo
crônica, mas, ao olharmos no microscópio, poderemos visualizar elementos
teciduais que não correspondam a uma inflamação crônica. Portanto, a visão
microscópica (ou biológica) não necessariamente concorda com a visão clínica; o
diagnóstico, nesses casos, deve ser feito considerando-se ambos os critérios.
Os componentes da inflamação crônica são:
- células do sistema mononuclear macrofágico (linfócitos, plasmócitos e macrófagos)
- destruição tecidual, decorrente da permanência do agente agressor (fase degenerativo-necrótica)
- tentativas de reparação (fase produtivo-reparativa), traduzida pela formação de vasos sangüíneos (angiogênese)
- pela substituição do parênquima (a parte funcional do órgão) por fibras (fibrose)
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